LEVARAM
O PALCO PARA O CÉU
j.Torquato
– em mês de Santana de 2018 - Maceió
EU ERA UM MENINO CALÇAS
CURTAS
SUSPENSÓRIOS SEM CAMISA
TAMANCO NOS PÉS, CABELO
A MILITAR
QUE QUERIA SER SOLDADO
DO 20º BATALHÃO DE CAVALARIA.
E GANHAR MAIS QUE UM
MILHÃO.
PARA UMA RADIOLA
COMPRAR.
EU E MEU IRMÃO FAZÍAMOS
O BLOCO DE CARNAVAL.
EU COM UM ESTANDARTE DE
PAPEL COLORIDO.
MEU IRMÃO TOCAVA TAMBOR
NUMA LADA DE GOIABADA USADA.
“A MINHA VAQUINHA
LEITEIRA
FAZ LEITE DE TODA
MANEIRA,
A MINHA VAQUINHA
MALHADA,
FAZ LEI, MANTEIGA E
COALHADA”
E SEU LAURINDO NOS
PREGAVA NO ESTANDARTE
DOIS CRUZEIROS NO ALFINEITE.
E NÓS SAÍAMOS DE NOVO A
TOCAR E CANTAR.
NINGUÉM MAIS SE
INCOMODAVA EM COLABORAR.
E AO SEU LAURINDO
TÍNHAMOS DE VOLTAR
E MAIS DOIS CRUZEIROS
PEGAR.
NO FINAL DA NOITE ALTAS
OITO HORAS (VINTE HORAS)
ÍAMOS, CANSADOS, DEITAR.
ENCOSTANDO O ESTANDARTE.
DE MANHÃ O ESTANDARTE ESTAVA LOTADO DE NOTAS.
MEU AVÔ E MINHA AVÓ,
SENTADOS A CADEIRA NA PORTA DE CASA.
SORRIDENTES OBSERVAVA
NOSSO EMPREENDIMENTO.
E ENTRE CARÍCIAS E
BEIJOS, ELES SORRATEIRAMENTE.
ALÉM DE MUITO AMOR, NOS
DOAVAM MUITA GRANA. PELO MENOS NOS PARECIA.
ESTAVA NA CALÇADA, A
MESA DE JANTAR ARRASTANDO A CADEIRA PARA MINHA AVÓ.
SEU AGENOR FÃ DE CINEMA,
FÃ DE DONA ETELVINA.
SUA ETERNA RAINHA QUANDO
SE FOI LEVOU NA CAUDA DE SUAS VESTES DE AMOR, O PERFUME DA SAUDADE E NO ODOR EM
RASTRO MEU AVÔ SEGUIU.
O PERFUME DE MINHA AVÓ
E OS CARNAVAIS NA TERRA
NUNCA MAIS SERIAM OS MESMOS.
PORQUE TRANSFERIRAM PARA
OUTRO LOCAL.
LEVARAM O CARNAVAL PARA
O CÉU PARA FAZER FUNDO DE PALCO
PARA O AMOR INFINITO DE
AGENOR E ETELVINA.
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